Busco-
me, frágil e
p
ê
n
s
i
l
infrutescência,
a casca mascarada,
o broto ácido,
p
i
n
g
e
n
t
e
e FLÁCIDO;
IN/tensa realidade macerada,
ranço e nódoa,
que se me
e
s
c
o
r
r
e
peloscantosdalma.
Onde estou frondoso?
Em que sítio de mim sou Eu e eterno...?
Maturi-pêndula
in/ventos sazonais,
Oscilo ao Tempo,
invento cajuais.
Des/fruto
aquém,
a
Q
U
E
D
A
além,
o NADA...
ou a sempiterna seiva nacarada?
Eurico
poema datado de 05/02/97
A imagem é a capa do Eu-lírico nº 11/1997
desenho do artista-plástico Eugenio Paxelly
7 comentários:
Simplesmente espetacular, meu querido Eurico!
Demais...
Obra da mais pura arte.
Encantei-me!
Forte abraço da
Zélia
Embrião, tegumento, tegme - finalmente poesia de cepa em território virtual, ufa - fico feliz!
A queda, cair na poesia, escorrer por outros modos de vida, os modos que escolhem a ternura, os cajuais, a vida.
Abração.
Obrigado pelas palavras lá no essapalavra.
De ventos adejo ao sumo de nectarada poética à cica de tantos versos,
abraço
p.s. o caju mereceu um soneto do poetinha
Soneto ao caju
Vinícius de Moraes
Amo na vida as coisas que têm sumo
E oferecem matéria onde pegar
Amo a noite, amo a música, amo o mar
Amo a mulher, amo o álcool e amo o fumo.
Por isso amo o caju, em que resumo
Esse materialismo elementar
Fruto de cica, fruto de manchar
Sempre mordaz, constantemente a prumo.
Amo vê-lo agarrado ao cajueiro
À beira-mar, a copular com o galho
A castanha brutal como que tesa:
O único fruto – não fruta – brasileiro
Que possui consistência de caralho
E carrega um culhão na natureza.
Pênsil
Pingente
escorres
P
O
E
T
I
C
A
M
E
N
T
E
em quedas poesia...
Um beijo amigo, e bom final de semana.
Carmen.
Que impressionante, Eurico. O feto, em forma de um caju, é representado pelas palavras em letras enfileiradas: pênsil, pingente, queda... Realmente, é lindíssimo. Admiro-te cada dia mais! Beijo
Da poesia,
um pomar!
Poema com tronco e com sabores!
Que bonito, Eurico!
E isto, então, enche-me a boca:
"infrutescência"!!
Adorei. :)
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