Uma Epígrafe
"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]
sexta-feira, março 25, 2011
MANSARDA (fróes à fenestra)
Tão triste, a modinha na casa das Fróes
São duas vocinhas (e um clavecino) em uma só voz
Mercedes, contralto
Soprano, Ana Fróes
Os gritos e esgares da guerra lhes pungem a voz
Guernica ó guernica solfeja Ana Fróes
co'a voz de pelica fiapo de voz
Os olhos dos bascos suplicam ao algoz
replica Mercedes em contrita voz
Dorida a cantiga
que chega até nós
vocinhas unidas que evém da mansarda
uníssona voz
Por quem dobram os sinos,
na musga avoenga desse clavecino
da casa das Fróes?
Fonte da imagem:
Mansarda com palomas e flores
Eurico,
primeiros estudos em arquitetura volátil...rs
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2 comentários:
Que poemaço, Eurico! Fenestremos pras muitas gentes, sempre!
Ah, minha amiga,
ah, minha amiga,
a tua bondade te faz ver beleza onde só há tentativas de poemas... estudos, exercícios.
Grato por isso!
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