Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

sexta-feira, fevereiro 20, 2015

SALVE, O ENTRUDO VARZEANO!





Nessa pequena porção de terra, banhada pelo rio Capibaribe, havia 16 banguês e uma pequena povoação, com sítios, chácaras, quintas e sobrados. Uma população que vivia entre o urbano e o rural, com seu labor agrícola, com sua pequena criação, com suas procissões, com suas festas. Nós somos os herdeiros dessa Várzea rurbana e cult/rural. E, agora, pelo entrudo, (entrudo, sim, nosso carnaval é mais próximo do entrudo que do Carnaval de Veneza, lá do Recife Antigo)... Pois bem, pelo entrudo nos vestimos de cores, de luz, e deixamos fluir a alegria do efêmero, desse instante transitório que é a existência humana, com a maneira telúrica do povo, com os saberes e fazeres da gente simples do povo! Evoé, brincante varzeano! O tempo passa, mas no teu semblante estão as marcas vivas dessa Várzea quatrocentona! Evoé, Sori Galtama, que conta essa história com maestria, em tua máquina de guardar sonhos! Evoé!