Uma monocromia armorial
dedicada a Dom Ariano Villar Suassuna
Vermelhidões no poente,
céu sangüíneo, incandescente.
Da porfia oiço o alarido:
Rezas,
.......rajadas,
...............rugidos.
sonho um sonho mal dormido:
de morte, em luta renhida,
foi Dom Sebastião malferido?
Feito de sonho é o que vejo:
estranhos carros de fogo
cruzam os céus sertanejos.
Ungem de luz a caatinga
Essas flamejantes bigas.
Vermelhidões no poente:
Seriam sarças ardentes?
Nos sertões os céus tão rubros:
sangue na chã de Canudos?
Ao longe oiço estampidos:
raios,
......trovões
............. e gemidos...
Vermelhidões no poente
rumores de gado e gente
clamor do sangue inocente:
hereges sangrando os crentes?
sonho um sonho mal dormido:
de morte,( ouço o rugido)
foi o Prinspe atingido?...
Vermelhidões no poente:
crepúsculo enceguecente,
E, em estranho disco de fogo,
vejo Dom Sebastião soerguido...
Eurico
Fonte do texto:
meu inédito, Ser/tão profundo - Mangue interior,
Fonte imagem:
Batalha de Alcácer-quibir
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