Imagem: Luísa Carneiro |
Enfileirem-se uns flácidos fonemas,
formando feixes deles,
em fornada fluente
:
Frases em flocos,
fluídas, de rar(o)efeito.
Lufadas de ar/tifícios,
forjados em foles.
Hiatos,
feito fluxos pífaros,
de oxítonos flautins;
Fabriquem-se, assim,
sobre melífluos morfemas,
fonoestéticos enfeites,
[esses]
movediços semantemas
:
Suspiros,
sussurross,
rebuçadosss,
filhoses, algodoados
e ôcas formas afins,
* * * * * * * * * *
que se esfarelem na fala,
ao feitio de alfenins.
Fonte da imagem:
http://i.olhares.com/data/big/137/1370591.jpg
Releia Alfenins, ao fluxo da Sonata para Flauta, Viola e Harpa (Debussy)
8 comentários:
Que aula! Excelente!
Alfinin e algodão doce são a mesma coisa?
Hummmm me deu uma vontade, mas engorda, como tudo que é bom!
Beijos, poeta!
Mirze
Óxente, minina!
Num é aula, é puisia. Coisa de ociosos...hehehe
Alfenim e algodão doce são da doçaria popular brasileira. E os dois se desmancham na Língua, seja culta ou coloquial...
Mas engordam, visse?
Belo poema e maravilhosa imagem meu caro Eurico. Seu texto tem energia e textura de vida...parabéns.
forte abraço do leitor amigo,
c@urosa
Ah! Eurico, Você acabou comigo.
Teu poema, os alfenins e a poesia musical de Debussy.
Alfenim...de todas as cores, de todas as formas, assim como esta música de Debussy e este poema, são de encher os olhos, desmanchar na boca, adoçar a língua, e embalar a alma desta criança grande.
P.S 1.
Mandei solicitação pra ti no feicibuque, ví?
P.S 2.
Teu blog está simplesmente perfeito, Eurico. Essa trilha de Debussy, pássaros na barra lateral, e a harmonia das cores do novo layout.
Fui ficando, fui ficando...
um cheiro, amigo.
Mai, penso em Nova Friburgo...
Como anda essa gente, amiga?
Outro cheiro.
Mirze,
não creia nessas imagens dos posts.
Elas são colocadas mais para confundir do que para esclarecer...hehehe
Os títulos também são truques, que no mais das vezes iludem e despistam o leitor...rsrsrs
Um abraço, amiga.
Porque essa fuga desenfreada?
Agora vou ler os pássaros de Capiberibe. Pelo menos por aqui, conheço minha terra nunca vista.
Beijos. Não esqueci do gato e da cristaleira. Até sonhei com um lindo ballet.
Beijos, conterrâneo!
Mirze
A harpa, sim!, a harpa em Debussy, com esse teu Alfenins, parecem trazer a delícia das letras.
Esses sentidos e sons de efes e de esses quando teu poema é lido em voz alta, pausadamente, com o fundo da Sonata, ordenam e saborizam as palavras na fala. Ficou muito bom!
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