Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

quinta-feira, agosto 23, 2012

PÁSSARO (com ilustração de E. B. Brito)


Pavão misterioso, de EBBrito
 


O poema é o pássaro,
Vôo repentino:
Coisa no fulgor de sua própria presença;
O poema é o impacto,
Olhos de menino:
Nariz esmagado nas vidraças da essência;
Assombro lírico,
Fascínio órfico,
Subitânea iluminação do ser:
O poema é o pássaro,
Ave essencial.



Eurico


Nota:
Poemeto-collage, extraído do comentário do compadre Carlinhos do Amparo

3 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

De tudo isso, um verso sintetiza o poemar: olhos de menino!
Beijos,

Unknown disse...

tomar a palavra de voo: eis



a
braço

ebbrito disse...

E o meu Pássaro, de tão bem acompanhado, ficou mais bonito!!!