IMBIRA - Emanuel B. Brito |
“...menino sonha com coisas
que a gente cresce e não vê jamais...”
que a gente cresce e não vê jamais...”
Roberto Ribeiro (de Nelson Rufino e Zé Luiz)
Disso que, em verdade, não vejo
e que, sinceramente, a minha mão não alcança;
é dessa coisa singela e estranha
que cuido o dia todo, todos os dias...
Disso que, enquanto olho, não percebo o tanto,
(porquanto, é a minha alma, estrábica)
é nisso que me ocupo,
eis minha fábrica:
Isso, inefável,
Isso, indizível,
Isso, volátil e jamais tocado...
Nisso me erijo
desde criança,
Nisso invisível (eu, que não creio),
sonho o meu sonho, nessa esperança...
Nota do blogueiro:
Esta série de poemas, uns novos, outros reeditados,
desde 22/08/2012, apresenta uma novidade:
o trabalho do amigo-irmão Emanuel Bezerra de Brito,
que, depois de algumas décadas, reencontrei pelo google.
Ele é filho do Crato, mas andarilho, como todo bom cearense.
E esse é dos bons mesmo,
dou minha palavra como garantia,
e vou além, dou a minha poesia...
Bem-vindo, Mestre!
Taí a tua Imbira, onírica e bela,
ilustrando Isso, que nem sei se é poema ou não.
2 comentários:
alma estrábica, nunca tinha pensado nisso. deve ser uma genética de espírito, metafísica intangível
abraço
Ou janelas da alma, mas, oblíquas e embaçadas, sei lá, amigo Assis hehehe
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