O vento sobre o molhe extenso...
Algo revolto.
O vento...
Sentir?
Pensar?
Os olhos sabem a luz.
Plurais ou azuis;
Os pés, dois aprendizes na areia.
E esse descompassado palpitar.
Intensidade?
Imensidão?
Caminhar.
Isso clareia, coração.
Mas cada passo é um mar.
fonte da img:
ARARÊ
Debussy: Dialogue du Vent et Mer
3 comentários:
O que se revolta, o que está em volta o tempo todo. Pensamentos de sentir. O que abre os olhos o que dá luz à luz, o sem fim. Sentimentos de pensar. Ah, sair, sair, vazar os limites, falar por intensidades. Caminhar como única possibilidade de ter alguma luz. Mas cada passo é uma imensidão. A poesia, tua poesia, a nossa, a poesia ajuda a dar o passo. Debussy ao fundo dói uma dor milenar, a de viver de caminhos. Caminhar...
Pois é meu amigo poeta, e essa imensidão que a imagem do mar nos traz...lindo,lindo, mágica imagem que nos transforma!
forte abraço
c@urosa
Descompassa mar e maré este teu passo à frente, Eurico.
Entre o vento e o mar, Debussy deixa claro o silêncio a compor a cena. Somos quatro, portanto: o vento, o mar, o silêncio e o diálogo mudo. Um belo poema como este promove o critério de luz na cena.
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