Quando um poeta diz
bonina
diz/simulando, apenas,
esse mundo sensível,
em que habita
dos olhos a menina.
Seria a poesia
a mera luz sobre a retina?
Quando um poeta diz
grená
e o som acaba
de brotar,
bruto,
dos lábios,
trata-se do inútil traduzir
o que há
nos pequeninos vasos
que irrigam isso que se chama
olhar...
Poesia é só o sangue a/tingindo um capilar?
Quando um poeta diz
magenta
eis que algo na massa cinzenta,
talvez um nervo-estético,
acorda em nós,
uma voz num vão secreto:
é a genetriz da cor,
a mãe,
a cor-da-cor...
Poesia
é só o ser sensível
que transborda e
acorda?
[Acorda]
Fonte da imagem:
Os nomes e as cores
Scienceblogs.com.br
4 comentários:
Virtuoso para além. Tocas a poesia; tanges a poesia, em ritmo de constatação de delicadeza exata. Vês ao vivo o que há na gota d'água. Tomas para ti in verbis o de que cada olhar se impregna. Por isso -e mais- sou tua leitora.
Poesia é estar aqui e despertar na retina de teus versos que comigo sempre conVersam!!
Um beijo meu amigo, carinho sempre e boa semana.
Carmen.
Poeta querido!
Em poucos dias viajarei para aí... Pelo carinho durante o ano sou muito grata e me fez muito feliz. Suas palavras é sempre poesia em meu blog... e que precioso.
Beijo no coração!
Boas Festas!
Seja bem-vinda, Ilaine.
Faça boa viagem.
Abç fra/terno.
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