No céu há sinais pingentes,
há mortes e nascimentos.
E as datas são referentes
desses céus em movimento.
Nada além disso.
É ilusório
o que julgam os nossos olhos;
Tempo é apenas o reflexo
do lucilar do zimbório.
E, aos seres do transitório
volutear desses astros
sugiro serenidade,
paciência e amor fati;
Ver na fragilidade o mote
para cuidar do desgaste
de tudo o que é indefeso:
entes, coisas pequeninas, gentes...
Perseverar em ser, serenamente,
pacificar a alma,
que o tempo, essa sensação,
é simples abstração.
Já existes?
Te aquieta.
Ser é sempre eternidade...
12 comentários:
Da pequenez da parte à grandiosidade do todo, a certeza de que "Ser é sempre eternidade"
Amigo Eurico,
gosto muito de vir aqui e absorver desse encanto de canto que você propõe. Nem sempre deixo o meu sinal, mas sempre, sempre, faço-me presente por aqui.
Um abraço
Eurico tua poesia me toca, me embala, me emociono... tão bom conVersar de nossa existência e ainda somos tão queixantes, não é mesmo?
Um beijo carinhoso e bom final de semana.
Lindo, lindo, um dos mais lindos. Você sempre escreve lapidando as palvras, você sabe, ourives dos dias, das dores, das ânsias mais fundas, estas ondas que nos agitam o peito, pepitas de ouro enlameadas de nossas fragilidades. Enquanto o trabalho se desenvolve nas suas peças, joias finas, ajuda-nos no refino dos nossos próprios dias.
Jacinta, Carmen, Dauri,
amadas pessoas, corações virtualizados,
grato por existirmos em rede, aqui e agora.
Ter vcs, ter o que vcs pensam/sentem é uma das preciosidades dessa rede, dessa imensa rede de sentimentos, de pensamentos, de vidas.
Abraço carinhoso e fra/terno.
fiquei de queixo e abóbadas entretido, este zimbório é devaneio
abraço
Lindíssimo, Eurico!
Mexes com o espaço e, por conseguinte, mexes, ainda mais, com a minha emoção!
Gostei muito, muito!
Abraço, amigo.
Apesar das minhas ausências, sou só admiração. Parece que tudo cresceu desde a última vez: a beleza, a consciência, o lapidar, a poesia enfim. Aqui e ali e acolá.
Um beijo de quem tanto se apequenou virtualmente que só pisa de leve e persevera em ler e colher e ser serenamente.
"...Ver na fragilidade o mote
para cuidar do..." Resgaste, eu diria
"de tudo o que é indefeso:
entes, coisas pequeninas, gentes..."
"paciFicar a alma," é arma-la de força.
Ter paciência e serenidade, para os dias, para o dia a dia, para o cotidiano, o fugaz, para a dor...ter paciência e serenidade para entender o mundo como eterno, como passegeiro, como ilusão.
beijo
Ser eterno.
terno.
Lê-se no dito e em tudo que é subliminar.
perfeito!
grande abraço, amigo de infância
Puxa, que eu não mereço tanto de tanta gente talentosa. Reputo todos os elogios à generosidade dos corações de meus queridos amigos e amigas.
1
Assis,
vate fecundo da Feira de Santana, grato, muito grato.
2
Zélia, amiga e vizinha fraterna, muito grato.
3
Euza, amiga querida,
vc jamais vai ser pequena nesse território virtual... aqui vc é uma vitoriosa. Abraço.
4
Márcio, cabia bem o "resgate", bela rima, bela palavra, mas como resgatar o "tempo que se esvai", ou que aparenta se esvair? Das coisas que se desgastam, pode-se apenas cuidar: pessoas, florestas, camada de ozonio...
5
Paula, querida amiga,
sou eternamente grato pela tua amizade solidária.
6
Mai,
vc me conhece demais e sabe que sonho com uma eterna ternura, ou com um terna eternidade...
Cheiro pra tu.
Tua ouriversaria está cada vez mais aprimorada, camarada Eurico.
Atualmente, o tempo também é uma das minhas preocupações constantes. Por mais que tente, não posso deixar de sofrer os efeitos da sua passagem. Versos como os teus são um lenitivo indispensável para as dúvidas e angústias geradas por uma caminhada irreversível.
Um abraço.
Postar um comentário