APTERIX - ave imaginária - E. B. Brito |
E eu, aqui, in/significante,
fresta do acaso, entre voláteis vazadouros,
agarro-me ao nexo do estar.
Se é alado o céu e a ventania vai aonde quer,
por que pousar?
Tudo o que é vida passa, tudo é lábil
e a flor bela é frágil e breve.
Viver é instante e espanto,
imprevisível notação de uma ária dodecafônica.
Chuva fugaz, lugar nenhum.
Todas as instâncias se acotovelam em janelas irreais:
Há lócus de mim, não eu.
Não sou,
mas evidências instáveis resistem sem mim.
Creio no solo sob os pés.
Ando movediço...
Ave tardia.
Áptera.
E só.
fresta do acaso, entre voláteis vazadouros,
agarro-me ao nexo do estar.
Se é alado o céu e a ventania vai aonde quer,
por que pousar?
Tudo o que é vida passa, tudo é lábil
e a flor bela é frágil e breve.
Viver é instante e espanto,
imprevisível notação de uma ária dodecafônica.
Chuva fugaz, lugar nenhum.
Todas as instâncias se acotovelam em janelas irreais:
Há lócus de mim, não eu.
Não sou,
mas evidências instáveis resistem sem mim.
Creio no solo sob os pés.
Ando movediço...
Ave tardia.
Áptera.
E só.
Eurico
2 comentários:
Puxa vida cara, ficou lindo.
Veja só o que nos "abarca"
Gostei muito deste blog, com uma roupagem e difusão cultural.
wwwsabereducar.blogspot.com
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