Passeiam, plácidos,
cordatos semantemas,
e há um relvado remanescente (das serras).
O horizonte, curvo e calvo.
O tempo se inclina em cerca viva.
Tudo (e nada) mera perspectiva.
Serpeiam flácidos fonemas
na pedra, ou por entre
o que há de arborescente.
O limo aqui leva a um di/lema:
Não há qualquer rota de fuga.
O Mundo,
Ó Ra(imundo)
não está raso ou profundo.
Está na rima.
E a noite ainda planta minas
sob as gramíneas...
Fonte da img:
http://farm2.static.flickr.com/1057/751121752_2b0a902c78.jpg
Mercedes Sosa - Como la Cigarra: (gracias, Rejane Martins)
6 comentários:
Eurico, Eurico,
Tu não tens noção do bem que me faz esse teu olhar pra fora de ti e pra dentro das coisas do existir. É uma alegria o possível retorno da esperança para um todo. Atentamente, eu li-ou-vi-senti ...e fui colher alecrim... :) e fiquei ainda mais feliz :) Eu te agradeço muitíssimo por isso.
Sinta-se abraçado através desta letra de Maria Elena Walsh e condução de voz da imprescindível Mercedes Sosa, que aqui tu nos ofereces - sinta-se carinhosamente abraçado pelo tanto que nos ofereces. Gracias siempre, aqui e agora, em timbre de contralto, graaaaaande, imenso Eurico.
Eurico, amigo querido, venho para te desejar um Natal com muita luz entre todos teus amores e que 2012 seja e siga um ano de muitas persepectivas a todos, e que sejam poéticas!!
Carinho sempre.
Carmen.
O mundo está, o mundo é,talvez seja,a rima e nada a mais. O mundo. O mundo aqui, na palavra violentada, na palavra que não se presta mais à comunicação, nem em representar o real. A palavra e sua rima que se contenta em ser o mundo. Outro. Outros mundos. Belos. Belo exercício poético, poiético.
poema excepcionalmente construído, a linguagem tem seus dúbios para ser exacerbados, maravilha
abraço
Belíssimo!
Ah! Eurico! Como entendo desses campos minados. Em todos os sentidos!
Feliz Natal
Beijos
Mirze
O re/agente-lírico quer escapar do eu-lírico, mas não consegue e fica um quase-psicanalírico...rsrsrs
Tentar fugir, no entanto, já é um modo de fugir...rsrs
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