CÁLICE - E. B. Brito |
De pé sobre as águas
Ergo até a fronte, em brasa,
A Palavra.
Seu hálito me invade
E acende a porta, a estreita porta,
Vazada sobre a noite dos tempos.
Mesmo quando sobrevoa-me em círculos
A ave do ocaso:
Nada dizer.
Nenhum pensar.
Nada ser.
Chorar sobre a cidade agônica
E olhar-me de fora das muralhas.
Tenho um centro ou dilato-me centrífugo?
Todos os ninhos estremecem vazios.
Estou sem mim. Mas há címbalos.
A Palavra.
Seu hálito me invade
E acende a porta, a estreita porta,
Vazada sobre a noite dos tempos.
Mesmo quando sobrevoa-me em círculos
A ave do ocaso:
Nada dizer.
Nenhum pensar.
Nada ser.
Chorar sobre a cidade agônica
E olhar-me de fora das muralhas.
Tenho um centro ou dilato-me centrífugo?
Todos os ninhos estremecem vazios.
Estou sem mim. Mas há címbalos.
Poema também publicado, anos atrás, em http://www.blocosonline.com.br/
por gentileza da amiga Leila Míccolis - Maricá-RJ
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5 comentários:
Beleza, beleza, beleza
tú é poeta mermo cara,
diz cada coisa bonita que só!!!!
Tú é poeta mermo visse cara!!!!
Bonita poesia, já começa a tocar-nos pela sensibilidade que tiveste da imagem que a ilustra.
Um abraço!
Grato, amigos, Manel e Will.
Mas Manel, sofro dessa patologia, que acomete os sensíveis, a Poesia, desde pequenino.
Creio até que tive uma piora, depois de maduro. Hoje não sei se chamo poesia ou delírio o que escrevo. Talvez seja por isso que me sinto tão cúmplice dessas tuas abstrações líricas.
Tem algo de surreal, de onírico no que construo.
E é isso.
Abç.
oh deus salve, e oiço o bronze a ressoar
abraço
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