Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

quinta-feira, setembro 06, 2012

DEGRAUS (arquitetura volátil)


DEGRAUS, por E.B.Brito


























 
 
Gn. 28:12,13


Essas paredes ascendem
por verticais monolíticas;
Saem do chão abruptas
Fundadas na pedra bruta.
Sete carreiras, na rocha
Lapidada em cantaria.

Erguer degraus é poesia?

Alvenaria abstrata,
Frases de argamassa e cal.
Essa peleja não é vã:
Tirar arestas à pedra;
Erigir versos de arrimo
E por a prumo as vertentes
Du'a volátil escadaria.


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Fonte da imagem:

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P. S.:
O leitor poderá, se quiser, clicar em Resenha Poética, para ir ao blogue Sítio d'Olinda. Lá estarão as inusitadas "explicações poéticas" deste poema. feitas pelo meu compadre Carlos Pequeno do Espírito Santo, filodóxo e hermenauta das Olindas.
Divirtam-se!





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Um comentário:

Unknown disse...

Degraus e palavras... no princípio, o rés do chão; no ápice, o abismo...
Beijo.
Sigo junto.