Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

sexta-feira, setembro 07, 2012

TESSITURA

O BICHO - Emanuel Brito

Nada aqui é poesia, nem prosa.
O que fabrico é têxtil.
Bicho-da-seda, tramando
uma teia inconsútil.
Rara, mas, inútil.

Nada aqui é prosa, nem poesia.
 
Trabalho em um tear onírico e artesanal;
embora, esse espectro do demasiado humano
e essa invasão emocional
de marimbondos.






Fonte da imagem:
colaboração prestimosa
da lavra de Emanuel B. Brito,
com esse surreal bicho,
da seda, do linho, de qualquer coisa...
onírica e bela.

 

3 comentários:

Unknown disse...

A tessitura de qualquer criação é única e indiscutível.
Belíssimo.
Beijo.

Unknown disse...

nada é, embora seja, embora prosa e poesia, inconsútil



abraço

Everton Vidal Azevedo disse...

Sensacional Eurico.
Eu "pirei" aqui.
Um forte abraco amigo!