Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

sexta-feira, setembro 08, 2006

Galochas

A palavra navega dilúvios, nunca dantes.
Sai do pélago anterior e atravessa a urbe.
Vagidos antes do ontem, por mais ontens havidos...
Sussurros edênicos.
Urros em Ur.
Salmos em Salém.
Sylva e Pólis & Cia;
Abissal_catadupa.com

Chovia muito e eu em galochas.
(um singular no coletivo: risos)
Risível, o tempo...
Tríbio, flui.
Panta rei!
Vórtices, volutas, pipas e piões...fugazes.
Fui...


Eurico 22.06.06
esboço de poema

3 comentários:

lula eurico disse...

Testando o comments.

* hemisfério norte disse...

quando era pequenina adorava andar de galochas a chapinar nas poças de água, quando chovia......:)

Rejane Martins disse...

acho que a chuva esqueceu os últimos pingos aqui nos meus olhos, Eurico.
esse poema, que chamas de esboço, pra mim... uma arca de nó é.