Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

quarta-feira, agosto 03, 2011

BROA - (escorço em ragtimes)



















...trazia a fome dos náufragos na mente,
e, de repente,
o gesto atávico invade o trivial:

alçou até a boca um biscoito,
subitamente antiqüíssimo,
num automatismo quase ritual...




...emerge
em mim, remoto, um mot
:
broa
brote

brood
broot

(O gato dorme no convés...)

Talvez um déjà vu;
Um insight?

A brisa sobre o yacht.
Saudade...

Eu lanço um boat.






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 Charlie Parker & Chet Baker - Summertime


Comentário do processo criativo, aqui

3 comentários:

Unknown disse...

também estou eu mais para broa do que para madeleine, imerso que sou no milharal com este fogo do cabelo que atiça um tempo perdido,


grande abraço

Unknown disse...

EURICO!

Que coisa linda! Um momento de pura conexão com os "boats" e no entanto, as "broas",

Fantástico!

Beijos

Mirze

lula eurico disse...

Mirze e Assis,
amigos meus,
esses são meus experimentos, tentativas infrutíferas de alcançar a asa ritmada, as lufadas de ar nas chaves, nas claves, nos metais...

Abraço os dois.