Um pássaro de seis asas...
Embora o rugir mecânico das coisas,
Um pássaro de seis...
E a urbe e o orbe
E o universo se desdobre,
Um pássaro...
Atávicos urros na estação metroviária neolítica,
Um passarinho...
(dilata-se o real)Eurico
Jun/1995
fonte da imagem:
O Pombo - Escher
11 comentários:
Peraí deixa eu pegar lá o "pai dos burros" para entender melhor este poemeto (como você gosta de intitular). rs
Brincadeiras a parte... Gosto muito dos seus poemas justamente pela estática gramatical que você usa.
Não curto poemas óbvios de mais gosto de ficar com aquele poema na cabeça matutando por um bom tempo.
aBRAÇO!
Estática gramatical... taí Marco, gostei dessa imagem. O poemeto deixa implícitos os verbos, a ação em elipse. Gosto disso. Tenho até um fotopoema, longo, em que não há um só verbo.
Grato por teres vindo e gostado. Essa é a minha única mídia. Não tenho nada publicado e não hei de publicar. Tenho milhares de leitores aqui. Pra que um livro, esquecido na prateleira, né?
Leitores como vc, me honram e me gratificam.
Aqui me sinto um escritor.
O que mais quero?
Sim, e também uso o pai dos burros. Não há celeiro melhor da língua do que o dicionário. Não vivo sem a etimologia. Se a pátria é a língua, a etimologia é a nossa história ancestral.
Abraçamigo e fraterno.
Ah Eurico eu gostaria de ter um livro seu, mas vamos confessar, a internet é uma biblioteca diferente, e como já conversamos, aqui você fala com gente que jamais leria um livro seu, até por questao de distância mesmo rs. Nao fosse o Eu-lirico eu nao saberia quem é Eurico e vocè nao saberia quem é Vidal hahaha.
Mas, este poema, como disse o Marco aí, me deixou matutando. E eu ia perguntar sobre o pássaro de seis asas, mas você ja explicou nos outros comentários.
O resto eu entendi. Sábado fui pra casa com o passarinho de seis asas na cabeça. E quando eu digo que tem "aula" aqui é porque tem mesmo. Eu vi o pé de carambola em frente da minha casa, todo desnudo pelo inverno. E eu moro no centro, aquele barulho, aquele rugir mecânico das coisas rs... e.. uma caramboleira...
Virou poema, depois te mostro.
Um abraço!
Passando pela primeira vez aqui! E gostei de tudo o que li( Além dessa postagen li alguns posts anteriores). Na verdade gosto de ler poemas, não são todos que me chamam a atenção mais como disse o Marco Alcantara "gosto de ficar com aquele poema na cabeça matutando por um bom tempo."
É imposivel passar por aqui e não encher os olhos e a cabeça com tanta beleze descirta em versos e estruturados em estrofes.
Voltarei :p
Éverton,
quero ver o poema da Caramboleira. Tenho uma aqui, com uns 40 ou 50 anos de plantada...
Abraçamigo.
O Eu-lírico no túnel do tempo?
Cumpadi, eu nem lembrava mais desse texto.
Mas valeu.
Foi bom reler essa maluquice...rsrsrs
Grato
Jackson,grato pela visita e pelas palavras.
Seja bem-vindo.
A casa é sua.
Abraço fraterno
Ahá...nao tava era entendo achei teu blog!!! E se antes ja me senti honrada, agora então... a qualidade do teu blog, é fantástica!!! Agradeço de novo a visita, volte sempre que quiser!!!
beijos
Ahá...nao tava era entendo achei teu blog!!! E se antes ja me senti honrada, agora então... a qualidade do teu blog, é fantástica!!! Agradeço de novo a visita, volte sempre que quiser!!!
beijos
Patrícia, qual é o teu blog?
Deixa o URL aqui, que voltarei lá, com certeza.
abraçamigo e fraterno
e ruge o silêncio, prolonga-se o tempo, difunde-se no espaço, reverbera-se em densidade poética... essa combinação Eurico/Escher é um pouco isso.
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