Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

sexta-feira, janeiro 04, 2013

MARINA nº 2






















Vir emergindo, bem lá do fundo,
do abismo escuro, de um oceano,
com toneladas de um eu-profundo,
que vem subindo, bem lentamente,
do inconsciente à flor das águas azuis, marinhas,
Vir com a profunda necessidade,
imperiosa necessidade,
de esguichar-me nessas palavras.


















Ou,


Vir emergindo,
em álacres bandos,
súbitos saltos, vôos sem asas,
singrando os mares,
um imenso aquário
do imaginário,
(telas de aquático LCD);
Cantando em odes ou para-odes,
coral submerso, sons guturais,
salmodiando com alegria
gregoriana, simples, vital:
palavras-peixes,
mar virtual...






Fonte da imagem:
1- recolhida do PicasaWeb
2- http://contanatura.weblog.com.pt/arquivo/5%20dolphins.jpg



Eurico 04/01/2013
(para saudar o novo ano!)

Um comentário:

Paula Barros disse...

É bom quando emergimos de nós.
abraço