URSO BRANCO E. B. Brito |
Às vezes surpreende-me essa memória sensível,
Quase palpável, das coisas
:
Eu menino, olhos arregalados,
Medo, quase pavor,
E aquele bicho dançando,
no portão da velha casa.
Um ritmado zabumba
um fole de 8 baixos,
e as síncopes de um triângulo.
Sua voz roufenha cantava
:
"A La Ursa quer dinheiro
Anos depois,
(quase palpo com as retinas)
Os retalhos multicores,
nas mãos da minha avózinha,
mil retalhos costurados,
num macacão de sisal.
E outra vez um zabumba
um fole de 8 baixos,
e as síncopes de um triângulo,
um acutíssimo triângulo.
A molecada no grito,
(e eu, já crescido, no meio)
:
"A La Ursa quer dinheiro
E se num der, é pirangueiro,
É pirangueiro"...
2 comentários:
nas retinas: a memória
bailado mnemônico
abraço
Lindo teu blog, parabéns!
Vê se passa lá em casa qualquer hora... leiakarine.blogspot.com
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