FLABELOS E. B. Brito |
"Uns tomam éter, outros cocaína.
Eu tomei tristeza. Hoje tomo alegria!"
......................................Manuel Bandeira
Nada mais lisérgico do que o lirismo.
O lirismo é visceral.
É compulsão.
Se assim não fora, não haveria a embriaguez
desses alegres bandos,
que resistem,
com seu cantar de serestas,
nostálgicos, em plena festa,
contendo o frevo, ao bordão...
Muitos aludem às delicadas evoluções
E aos singelos volteios, em marcha lenta,
do leque das flabelistas,
bem à frente,
bem à vista
de todos;
Eles se iludem
com essa suavidade,
que esconde um atavismo:
O quanto há de ancestral nesse lirismo.
Eles não sabem que o lirismo é intenso, rizoma
de pulsões, disso que assoma,
quando nos invade a alma
o trautear dum flautim
o dedilhar das manolas,
banjos, violões, bandolins.
(Eu mesmo, esqueço de mim.)
Soou o apito!
Segue-se um acorde em uníssono!
Cantarolam, as pastorinhas!
(Já não estou eu, estou todos,
delírico frenesi.)
Não há nada mais lisérgico do que o lirismo.
Fonte do desenho acima :
Cantem, pastorinhas! Bloco lírico Flores do Capibaribe 2013 |
Poema dedicado às Flores do Capibaribe!
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