"Matias de Albuquerque punha sentinelas nas elevações de Olinda,
para anunciar os mastros inimigos. Mas quem vê as forças que hoje nos invadem?"
(Osman Lins, in A Rainha dos Cárceres da Grécia)
Não mais moendas de bronze,
nem chaminés, nem sobrados,
mas inda um povo resiste,
e insiste em ser Arruado.
O tempo é outro, decerto,
a luta é outra, pois não,
mas os que hoje nos invadem
Não têm face, não têm corpo,
se escondem na escuridão.
Mais fácil expulsar batavo,
resistir no Arraial Novo;
a luta era em campo aberto,
e o combate, corpo a corpo.
Hoje estão no anonimato
os inimigos do povo.
Um deles é o mercado,
um outro é o consumismo,
a invasão cultural, o individualismo,
e a alienação geral,
que nega a nossa memória
faz pouco caso da história
que narra o nosso heroísmo.
faz pouco caso da história
que narra o nosso heroísmo.
Não mais moendas de bronze,
nem chaminés, nem sobrados,
mas inda um povo resiste,
e insiste em ser Arruado.
A cana quando moída
em troca dá o açúcar.
Um povo, quando oprimido,
se revolta e sai à luta.
em troca dá o açúcar.
Um povo, quando oprimido,
se revolta e sai à luta.
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