A liberdade de pensar, a liberdade de culto, a liberdade, enfim, (o próprio livre arbítrio, que já deve estar gravado no inconsciente coletivo) fica estremecida sempre que um líder religioso faz declarações inoportunas. O Brasil é um Estado laico e demos graças a Deus por ter tirado dos Romanos, os poderes que há séculos atrás nos afligiram.
Que durma em paz, o bispo de Roma, no seu luxuoso palácio, ostentando sua força política, depois de reunir os bispos conservadores do Brasil.
Enquanto SS ressona com o código canonico à cabeceira, o cólera morbus devasta as crianças do Haiti. Que falta nos faz dona Zilda Arns! Vale mais uma Zilda, leiga, que mil bispos indiferentes diante da dor humana.
Abençoado seja quem separou Estado e Igreja!
Saúde e fraternidade a todos!
P. S.: como não é nosso desejo ferir os muitos amigos e irmãos católicos que temos, declaramos que não há aqui nenhum anti-clericalismo. Sou fã de Dom Hélder, Pe. Reginaldo Veloso, Irmã Dulce, Zilda Arns e Leonardo Boff. Também venero Maria e amo Jesus. Sei, no entanto, que eles jamais aprovariam o Santo Ofício, nem silenciariam a Teologia da Libertação, por exemplo. O que temo é a hipocrisia e a tentativa de desfazer o estado laico e plural, que conseguimos a preço de tantas mortes e privações. É isso!
5 comentários:
Seria bom se houvesse igual convocação para o combate à fome (que também é laica), e a desigualdade social (que é perversa), tanto quanto para uma campanha que evocasse maior respeito às liberdades e diferenças.
Aliás, diferenças, diversidade, sobretudo de idéias, jamais deveria ser motivo para guerras, e a fé - que é diferente de religiões - jamais deveria servir de mote a ataques, intolerância, retrocessos ou divisões, sobretudo no debate e no embate político.
Sim, amigo, o Estado é laico e o Brasil, felizmente, é o País da diversidade.
grande abraço, amigo de infância.
Oi, Eurico!
Eu fiquei impressionada outro dia quando vi que no Haiti muito pouco mudou desde o terremoto. Falava-se em ajudar e, é verdade, houveram muitas doações, mas a pobreza extrema ainda reina por lá. E agora a cólera.
Abraço, meu amigo.
Oi, Mai, queridamiga,
concordo contigo. Quão bom seria uma reunião entre os bispos pra um grande mutirão humanitário. Taí o Haiti e a Indonésia... mas eles estão preocupados com eleições no Brasil. Fico curioso pelo que está por trás disso.
Abç fra/terno
Oi, Ilaine,
no Haiti perdemos uma verdadeira cristã, dona Zilda Arns. Estava lá sem que a mídia desse uma notinha sequer. Esse é o trabalho cristão que eu preciso ver, pra ter esperança no mundo.
Morreu Zilda Arns, em meio ao terremoto.
Nem isso inspira os bispos do Brasil. Fome, cólera, morte de crianças... e eles a viajar até Roma com não sei que intenções. Eleitorais?
Não acredito.
Se for, é a mais insensata posição dos nossos bispos. Vai que o candidato deles perde...rsrs
Estão expondo a própria religião ao ridículo.
Ainda bem que há padres como Frei Leonardo Boff e outros, que, silenciosamente, trabalham pelo despertar da fé católica.
Abç fra/terno
Eurico precisamos de teus diálogos e comentários e quando puderes passa lá em Vidráguas para ler "neurose de destino..." penso que conVersa com tua reflexão.
Um beijo amigo, bom final de domingo e uma semana de bons momentos!
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