I
As coisas todas brotam de outras coisas,
concretas ou abstratas.
Frutas da physis,
poíesis,
todas inatas...
II
As rosas,
surgem das rosas.
Idéias,
nascem de idéias.
Azaléias, flores simples,
surgem dentro de azaléias.
Tudo isso que nós vemos
vem à luz como aletéia,
desde que em seu ventre haja o ensejo
de um fundo idêntico a si mesmo...
III
Mas,
um verso, flor de nada,
emerge, espontaneamente,
disso oco e sem sentido
que existe dentro da gente.
Sua forma, (isso que lemos,
esse agora, esse presente),
é o fundo igual que aflora,
é o ser passando a ente.
Fonte da imagem:
AbARCA
Um comentário:
este nada metafisicamente falando constrói um tudo, lírica estontante poeta
abraço
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