Uma Epígrafe
"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]
quinta-feira, setembro 17, 2009
Quadros Verdes
Quadros Verdes
Michel Quoist
E a escola é moderna.
O diretor, muito ufano, vai-me apontando todas as
comodidades. De todas as coisas a mais bela,
Senhor, é o quadro verde. Os sábios
estudaram longamente, fizeram experiências.
Agora já sabemos que a cor verde é a cor
ideal, não cansa a vista, pacifica, relaxa os
nervos.
Pensei, então, Senhor, que não
tinhas esperado tanto tempo para pintar de
verde as campinas e o arvoredo. Tuas salas
de aula funcionaram muito bem e para não
nos cansar aperfeiçoaste uma porção de
matizes para Teus prados modernos. Assim
os “achados” dos homens consistem em
descobrir o que pensaste desde toda a
Eternidade.
Obrigado, Senhor, por seres o
bom pai de família que deixa a seus filhinhos
a alegria de descobrirem eles próprios os
tesouros de Tua inteligência e Teu amor.
Mas livra-nos de pensar que fomos
nós que os inventamos sozinhos.
Fonte do txt.:
JESUS, RICARDO, ROBERTO, Português Interpretação,
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2º vol., 5ª Ed., 1971, p. 24.
Obs.: um de meus livros de Língua Portuguesa, do curso ginasial, que ainda guardo com carinho.)
Fonte da img.:
www.marceloclemente.com/Olinda.jpg
(MICHEL QUOIST nasceu em Havre (França) em 1921 e faleceu em 1997. Foi ordenado sacerdote em 1947. Era doutor em Ciências Sociais pelo Instituto Católico de Paris. Escreveu inúmeras obras, traduzidas em várias línguas e regularmente reeditadas, das quais algumas ultrapassam um milhão de exemplares).
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homenagem,
Michel Quoist,
transcrição de postagem de outro blogue
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15 comentários:
Os quadros agora são brancos, já não existe a poeira do giz nem a proximidade das verduras. Ficaram os professors mais sábios? Continuamos achando que nos inventamos?
Um beijo, amigo. Que cada dia te nasça verde de novas esperanças, mesclado ao azul de vida!
Mas estamos tornando brancas as áreas verdes. Grandes vãos sem verde estão tomando o norte. E desertos, imagine, desertos no sul, nos pampas... rsrsrs
Não sou contra a tecnologia, Euzita. Essa rede é um exemplo de como o homem é capaz de reinventar-se. Mas há lugares sagrados, há coisas que não se deve fazer, mesmo em nome do progresso. Se fazemos é pq estamos num suicídio coletivo. Água e ar são coisas vitais, a não ser que a ciência consiga fazer ar sintético. rsrsrsrs
Mas tb gosto das lousas... e tenho alergia a giz. kkkkkkkkk
Esses podem mudar. Breve teremos o quadro virtual kkk
Abraço fra/terno.
Eurico
boa tarde
Os quadros verdes estão perdendo a cor, e os quadros "negros" tm continuado a maltratar os professores, ainda que um esboço de reconhecimento comece a surgir no ar.
Uma imagem por vezes fala mais que mil palavras.
Estou sentindo falta da visita e do comentário do amigo.
APAREÇA, VAI ME DAR GRANDE ALEGRIA.
Um abraço fraterno
Pois é, camarada Eurico, como era verde o meu vale. Deus, ou a Natureza, deu e estamos nos encarregando de destruir. Um dia teremos que pagar esta conta. Temo que o preço será salgado, mas acho que então não estarei aqui - o que não é um consolo, pois a minha descendência certamente estará. A propósito, lembro de uma frase cunhada por Millôr Fernandes: o homem é o câncer da natureza.
Melhor não pensar muito no assunto, sob o risco de ficar deprimido, o que seria um crime neste sábado ensolarado aqui nos pampas.
Um abraço.
007Bondblog,
é que ando meio atribulado, mas não esqueço meus amigos.
Abraço fraterno.
Jens, camarada duplamente vermelho,
Tens razão, esse tal de câncer (t'esconjuro!) não é bom de falar nem em sábado, nem dia nenhum kkkkkkkk.
Abraçamigo.
Desculpem o comentário padronizado, não tenho este costume, mas ainda tenho que linkar muitos amigos no blog novo.
MUITO obrigada pelo carinho e pelo incentivo que vocês deixaram, isto foi muito importante pra mim, de verdade.
Ótimo final de semana, beijos.
Viva o verde! E todo o colorido desta vida!
Abraço!
Oi, amigo querido.
Já estou de volta à 'verde' base, aqui nesta serra em que moro.
Verduras...Vida...Natureza...Saber.
No verde há tantos signos.
Tenho buscado, cada vez mais, sair do contemplativo para a ação.
Verdes quadros, quadros verdes, mundo verde e, nós somos o mundo.
O que fazer?
Abraços,
tua amiga,
Sueli Maia
Mai
Agir, Mai. Mas agir no e pelo verde, para que sempre haja ar puro e a´gua limpa, neste planetinha azul!
Abraço fra/terno.
Amiga P!
Viva o verde!
E viva a vida!
Meu querido e doce poeta!
tem uma música do Ivan Lins que eu gosto muito, que diz: "Perdoem a falta de folhas, os dias eram assim"
Só podemos é pedir perdão aos nossos descendentes, pelo que estamos fazendo por aqui.
Beijinhos
Isso, Beti, isso mesmo! Peçamos perdão e não continuemos no erro, né isso? Se não os nossos descendentes nem poderão nem nos perdoar. Sem água e ar puro não há vida. Simplesmente!
Abraço fra/terno.
(Mas, pergunto-me, o que é que eu fiz hoje, na prática, pelas minhas idéias de preservação do planeta?)
É tão verde e lindo o teu blog!
Saudades!Beijo!
Ila, amiga minha. Fiquei saboreando as tertúlias das reuniões de Trier!
Abraço fra/terno.
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