
E eu que ando me esfalfando a buscar nos mitemas, nos arquétipos e outras imagens do meu pobre inconsciente, o embasamento da minha parca e bissexta poesia, subitamente, recebo esse verdadeiro encontro com o numinoso, no blogue da Dora Vilela. Não resisti e trouxe comigo, para quem quiser alimento para a alma, nesse mundo tão carente de beleza. Ave, Poeta! Ave, Poesia! Ave, Dora Vilela!
Exegese
O que não existe significa a entrelinha.
E um mundo cabe aí, de mistério e crença.
O que não cabe na palavra é cabível no segredo particular.
Ninguém sabe a face interna do meu rosto que sorri,
nem mesmo eu.
Simbolizamos a vida na ação aleatória do tempo a se esvair.
Meu testemunho comunica apenas que existo na pulsão dos momentos.
Não há significado para este signo que se desenha na palavra VIDA.
autora:
Dora Vilela
Fonte do texto e da imagem:
http://pretensoscoloquios.zip.net/