Uma Epígrafe
"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]
domingo, setembro 24, 2006
Carlos, o nosso
Mais uma postagem que abre espaço para outro poeta
que não o editor do blog, evitando assim a fixação no próprio
umbigo. rsrsrs
E agora com o Peninha, apelido carinhoso colocado
no Carlos Pena Filho, pelo baiano Jorge Amado. Aliás,
a narrativa "A morte e a morte de Quincas Berro d'água",
desse escritor da boa terra, foi dedicada ao nosso Carlos.
A Solidão e sua Porta
Quando mais nada resistir que valha
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha),
Quando, pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar
Deixando-te sozinho na batalha
A arquitetar na sombra a despedida
Do mundo que te foi contraditório,
Lembra-te que afinal te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
E de que ainda tens uma saída:
Entrar no acaso e amar o transitório.
Carlos Pena Filho
Biografia (a ser digitada)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário