Essas palavras apenas vozeiam,
distraídos bandos sintáticos,
por pura obediência
às leis do ritmo e da contigüidade.
Nada pretendem dizer além do vôo.
Não fazem metáfora, nem mistério.
Vozeiam, simplesmente.
Mas eu as persigo
como um gavião faminto
persegue a sua presa
para renovar a (minha) vida...
Inútil,
esse (meu) desesperado afã de compreensão:
Herméticos, (as coisas, os motes),
milhanos, num vórtice,
devoram-me...
Fonte da imagem:
Aves atacam predador
Sounds of Nature - Forest Piano:
Queria saber o sonho daquelas garças à margem do rio. Mas não foi possível. Agora não quero saber mais nada, só quero aperfeiçoar o que não sei.
ResponderExcluir|Manoel de Barros - Memórias Inventadas - A Terceira Infância|
só ouvindo...ouv(indoooo
voooooei!
rs
beijo
voraz a imagem do poema
ResponderExcluiro gavião faminto
sem nenhuma metáfora
abraço