CANTEIRO DE OBRAS:

quinta-feira, dezembro 29, 2011

NADIR (ou, zoom de areia)





 









 






e esse formigamento nos olhos
e esses pequeníssimos e inumeráveis ciscos
e esses mil diminutos pontos graníticos,
e esse nadir: o avesso de milhares de miúdas estrelas,
ora esse quartzo que lateja,
ora esses prismas em mica,
e esses quase- animálculos, minúsculos
e esses esporos, áporos, inanimados,
e esses poros na pele de tudo
e essas miríades de formas no caminho
e esses fragmentos rútilos à magma
e essas retinas afadigadas
e essa sensação quase imperceptível
de rocha desagregada em sal, no solo,
nos solados ....................................................




Claude Debussy - Crepúsculo:



Fonte da imagem:
 Salinas de Uyuni

7 comentários:

  1. Passei aqui mais uma vez, vi que vc tinha atualizado sua página. Mais uma beleza. Vc ta numa fase linda.

    ResponderExcluir
  2. Grato, Dauri, teu elogio me anima.
    Vc sabe o quanto eu estimo teu trabalho.

    Abraço fraterno.

    ResponderExcluir
  3. esses esses que sibilam na magnitude do ser, cada qual um e tantos ao mesmo tempo.

    ResponderExcluir
  4. beleza, muita beleza. Essa e a da Dolores, lá atrás.
    Abraço fraterno.

    ResponderExcluir
  5. E esse poema belíssimo, lindíssimo,
    que nos leva às nuvens, nos faz flutuar sobre rochas peroladas!!!

    UM 2012 cheio de miríades poéticas!

    um GRANDE ABRAÇO

    ResponderExcluir
  6. E esse poeta que une todos as partículas para me emocionar!

    Lindo demais!

    Beijos

    Mirze

    ResponderExcluir
  7. êpa! mudou tudo por aqui... mudaram a foto.
    serão os novos sinais de 2012?
    quem viver, verá! :)

    ResponderExcluir

Grato pelo comentário. Receba o meu abraço fraterno e volte sempre!