CANTEIRO DE OBRAS:

quinta-feira, dezembro 08, 2011

LINHA DE FUGA (ou, notas para uma poética não-anquilosante)

“As nossas convicções mais arraigadas, mais indubitáveis, são as mais suspeitas.
Constituem o nosso limite, os nossos confins, a nossa prisão.
Pouca coisa será a vida
se nela não arfar um esforço formidável
de alargamento das suas fronteiras.
Vivemos na proporção em que ansiamos por viver mais.
Toda a obstinação que procura manter-nos
no interior do nosso horizonte habitual
significa debilidade, decadência das energias vitais.
O horizonte é uma linha biológica, um órgão vivo do nosso ser;
enquanto gozamos de plenitude,
o horizonte emigra, dilata-se, ondula, elástico,
quase ao compasso da nossa respiração.
Em contrapartida, quando o horizonte se fixa,
é porque se anquilosou e nós entramos na velhice.”


...................................................Ortega y Gasset











4 comentários:

  1. Vem desta linha de fuga dançante a urdidura polifônica ser-estar, um fugare cismado de potencialidade vital.
    Hermeto é elíptico, né mesmo? Ser humano e músico de primeira grandeza, "sempre preparado para o não esperado" - genial!
    Eu viajo com ele, o tempo todo ouvindo atentamente e enxegando sustenidos na cabeça do cara! :)re,re:) eu adoro! ...que vídeo precioso, obrigadíssimo!

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  2. Sim, concordo com Rejane, seguimos em busca destas pulsações vitais, este latejo do desejo e bom sempre estar aqui para alargar meus horizontes...

    Beijos, bom final de semana Eurico.

    Carmen.

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  3. Alargar as fronteiras, descobrir outros vales e planícies, outros, muitos outros, semelhantes, distantes que ficam próximos.

    Um abraço

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  4. Um dia, Deus disse:

    Preciso de um homem que cheire, fale, instigue a música. Ele se chamará HERMETO, o Deus da música num mundo onde o resto é resto.

    Beijos, querido poeta!

    Mirze

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