CANTEIRO DE OBRAS:

quarta-feira, dezembro 07, 2011

DO MÉTODO (para uma gnosiologia do sensível)

















O vento sobre o molhe extenso...
Algo revolto.
O vento...


Sentir?
Pensar?


Os olhos sabem a luz.
Plurais ou azuis;
Os pés, dois aprendizes na areia.
E esse descompassado palpitar.


Intensidade?
Imensidão?


Caminhar.
Isso clareia, coração.
Mas cada passo é um mar.



fonte da img:
ARARÊ


Debussy: Dialogue du Vent et Mer

3 comentários:

  1. O que se revolta, o que está em volta o tempo todo. Pensamentos de sentir. O que abre os olhos o que dá luz à luz, o sem fim. Sentimentos de pensar. Ah, sair, sair, vazar os limites, falar por intensidades. Caminhar como única possibilidade de ter alguma luz. Mas cada passo é uma imensidão. A poesia, tua poesia, a nossa, a poesia ajuda a dar o passo. Debussy ao fundo dói uma dor milenar, a de viver de caminhos. Caminhar...

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  2. Pois é meu amigo poeta, e essa imensidão que a imagem do mar nos traz...lindo,lindo, mágica imagem que nos transforma!

    forte abraço

    c@urosa

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  3. Descompassa mar e maré este teu passo à frente, Eurico.
    Entre o vento e o mar, Debussy deixa claro o silêncio a compor a cena. Somos quatro, portanto: o vento, o mar, o silêncio e o diálogo mudo. Um belo poema como este promove o critério de luz na cena.

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