CANTEIRO DE OBRAS:

sexta-feira, dezembro 10, 2010

QUINTA / D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL

















Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?


Fernando Pessoa (in Mensagem)


Fonte da imagem:
Antonio Conselheiro

Fonte do poema:
Jornal de Poesia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Grato pelo comentário. Receba o meu abraço fraterno e volte sempre!