Há um logos da caatinga
que me circunda e sou eu.
Nessa flora estiolada,
palpita um nervo de D'us...
Fiz inúteis cavalgadas
a procurar quintessências.
Regressei de mãos vazias.
Minha alma então cansada
de deambular por chapadas,
cruzando o sertão bravio,
voltou-se pras minudências,
e desvendou, ad-mirada,
na flor que enfrenta o estio,
o mistério da existência.
Quase palpei com as pupilas
a miúda flor de cacto,
essa líquida ironia,
que umedeceu minha alma.
E a divindade, buscada
por inacessíveis plagas,
brotou ao alcance da palma
de minha mão estendida,
na flor da beira da estrada.
Há um logos da caatinga
e o que me circunda sou eu.
Na vegetação rasteira,
palpita um nervo de D'us...
que me circunda e sou eu.
Nessa flora estiolada,
palpita um nervo de D'us...
Fiz inúteis cavalgadas
a procurar quintessências.
Regressei de mãos vazias.
Minha alma então cansada
de deambular por chapadas,
cruzando o sertão bravio,
voltou-se pras minudências,
e desvendou, ad-mirada,
na flor que enfrenta o estio,
o mistério da existência.
Quase palpei com as pupilas
a miúda flor de cacto,
essa líquida ironia,
que umedeceu minha alma.
E a divindade, buscada
por inacessíveis plagas,
brotou ao alcance da palma
de minha mão estendida,
na flor da beira da estrada.
Há um logos da caatinga
e o que me circunda sou eu.
Na vegetação rasteira,
palpita um nervo de D'us...
***
N. do A.: cantiga dedicada aos poetas blogueiros,
cuja clareza textual me faz buscar a simplicidade,
que julgo não alcançar, mesmo nessa espécie de xote.
cuja clareza textual me faz buscar a simplicidade,
que julgo não alcançar, mesmo nessa espécie de xote.
***
fonte da img.:
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Apôis é uma mimosura, uma formosura que me pareceu um cordel. Lindo isto!
ResponderExcluirEm meio ao inóspito seco-espinhoso uma flor - bela, bruta ou miúda, é uma bela flor
beijos
Eurico, meu querido amigo, grande poeta!
ResponderExcluirBelíssimos os seus versos!
Li, com atenção, a dedicatória, e devo dizer-lhe: seus escritos transcendem tudo, tudo... São inigualáveis.
Tudo lindo demais!
Enorme abraço!
Um poema belissimo. Em um blogue avassalador. Estou lhe convidando a visitar o meu blogue e se possivel seguirmos juntos por eles. Estarei grato esperando por voce lá
ResponderExcluirAbraços de verdade
Linda postagem e bela homenagem.
ResponderExcluirEm seu xote pude sentir leveza entre os espinhos de cacto.
A verdade é que me sinto como essa flor...
Um grande abraço a você, desejo-te inspiração diária!
Visite: www.anaconfabulando.blogspot.com
esse cantar peregrino dos sertões que entabulas, não só desta, mas das outras canções que já li, é um prato cheio de olhos para mim, comovem-me visões,
ResponderExcluirabraço
Acho que estas horas você já fugiu para o sertão te invejo mas já que não vou conseguir fugir vou me embrenhar pelos caminhos de seus escritos.
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