CANTEIRO DE OBRAS:

terça-feira, fevereiro 05, 2013

LA URSA (notas para uma analítica da folia 6)

URSO BRANCO
E. B. Brito

Às vezes surpreende-me essa memória sensível,
Quase palpável, das coisas
:
Eu menino, olhos arregalados,
Medo, quase pavor,
E aquele bicho dançando,
no portão da velha casa.
Um ritmado zabumba
um fole de 8 baixos,
e as síncopes de um triângulo.
Sua voz roufenha cantava
:
"A La Ursa quer dinheiro
se num der é pirangueiro."

Anos depois, 
(quase palpo com as retinas)
Os retalhos multicores, 
nas mãos da minha avózinha,
mil retalhos costurados,
num macacão de sisal.

E outra vez um zabumba
um fole de 8 baixos,
e as síncopes de um triângulo,
um acutíssimo triângulo.

A molecada no grito,
(e eu, já crescido, no meio)
:
"A La Ursa quer dinheiro
E se num der, é pirangueiro,
É pirangueiro"...


La Ursa

Fonte da imagem:
http://dancasdobrasil.blogspot.com.br/2010/05/la-ursa.html


Nota do blogueiro:
As origens de um folião rsrsrs

2 comentários:

  1. nas retinas: a memória
    bailado mnemônico



    abraço

    ResponderExcluir
  2. Lindo teu blog, parabéns!
    Vê se passa lá em casa qualquer hora... leiakarine.blogspot.com

    ResponderExcluir

Grato pelo comentário. Receba o meu abraço fraterno e volte sempre!