CANTEIRO DE OBRAS:

sábado, janeiro 12, 2013

BONECO DE ENGONÇOS (notas para uma analítica da folia 2)

O PALHAÇO
E. B. Brito



























Vem, todo engonçado,
nessa fatiota,
liforme listado,
nariz de bolota.

Quem te pôs engonços?
Foi Deus?
Foi o Acaso?

Bem,
não vem ao caso,
se girar nos gonzos é o teu destino.
Glosa o inesperado, mercê do fortuito,
Poeta dos saltos soltos e dos sustos,
Pândego das troças, do riso gratuito.
Eis a tua sina:

Rir, todo engonçado,
nessa fatiota,
nesses suspensórios;
corpo articulado,
nas calçolas frouxas,
nas imensas botas,
liforme listado,
nariz de bolota.




Fonte da imagem:
AbARCA

2 comentários:

  1. assim no carnaval de viver,
    fora das formas-fôrmas,
    na alegria de se perder no vinho
    dos ritmos dos acasos, os quais,
    é verdade, jamais podem vir
    ao caso, nunca se transformando, portanto, em casos dados.
    saudações de um ano plenamente foliônico,
    a
    l

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