CANTEIRO DE OBRAS:

quarta-feira, agosto 03, 2011

AGOSTO (poema-escorço)



















Alça-se do nada o nada

Coisa efêmera
de alma leve
E arrastada por rajadas rarefeitas.


Pluma suave, livre, breve
coisa de seda com listras.
E empina-se
linha zero em losango de taliscas,


Rodopios, nuvens brancas
as lufadas, céu de anil.


Sopra a brisa na enseada.
Dá saudade.
Ainda espero...
(quero-quero)





Fonte da imagem:
céu azul

Sounds of Nature - Chinese Bamboo Flute Music

Comentário do processo criativo, aqui

5 comentários:

  1. Demasiadamente lindo, Eurico!
    Versos feitos de plumas...
    Puro encantamento a enlevar a alma!
    Riqueza...
    Abraço bem forte da
    Zélia

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  2. Ah essa saudade! O efêmero é mais denso aqui.

    LINDO DE MATAR VENTO.

    Beijos

    Mirze

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  3. Lindo, Eurico, emocionante, emocionada!
    Dedicar uma hora pro poema em trilha sonora. Porque é para o quê os humanos deveriam ater-se, ao jogo colorido de ar, seda, sol e céu, propondo desenhos individuais aos riscos no coletivo anil; cada um a seu jeito, cada um no mais elevado processo lúdico e saudável, num fluir de pipas e balões a gás, num creare creatus. Ah, a esperança - é ela que me move.

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  4. Amigas,
    Mirze, Rejane, Zélia,

    bom dia!

    Estou saindo pro trabalho. Vcs não sabem o que essa frase simples representa pra mim. Ir ao trabalho nessa manhã de sol. Sol de inverno.
    Tudo mudou. Esses meses de julho/agosto era o mês dos papagaios-de-papel, nome das pipas no nordeste. Meses de ventania, da ressaca sobre os arrecifes... meses de correr pelas campinas-hoje-favelas, do meu subúrbio.

    Mas nada impede de me sentir menino, ao sair para o trabalho.
    Caminhar, dirigir o velho Fiat Uno, dar bom dia aos passantes.

    Bom dia!
    Carpe diem!

    Abraço fraterno.

    Ah, hj ainda comentarei Agosto (poema-escorço) no Um Cronist'Amador. Deixarei o link na postagem.

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  5. Belíssimo canto nostálgico...

    Beijinho encantado!

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Grato pelo comentário. Receba o meu abraço fraterno e volte sempre!