CANTEIRO DE OBRAS:

sábado, julho 09, 2011

ALFENINS (doçaria sinestésica)

Imagem: Luísa Carneiro






















Enfileirem-se uns flácidos fonemas,
formando feixes deles,
em fornada fluente
:
Frases em flocos,
fluídas, de rar(o)efeito.

Lufadas de ar/tifícios,
forjados em foles.

Hiatos,
feito fluxos pífaros,
de oxítonos flautins;

Fabriquem-se, assim,
sobre melífluos morfemas,
fonoestéticos enfeites,
[esses]
movediços semantemas
:
Suspiros,
sussurross,
rebuçadosss,
filhoses, algodoados
e ôcas formas afins,
* * * * * * * * * *
que se esfarelem na fala,
ao feitio de alfenins.



Fonte da imagem:
http://i.olhares.com/data/big/137/1370591.jpg

Releia Alfenins,  ao fluxo da Sonata para Flauta, Viola e Harpa (Debussy)

8 comentários:

  1. Que aula! Excelente!

    Alfinin e algodão doce são a mesma coisa?

    Hummmm me deu uma vontade, mas engorda, como tudo que é bom!

    Beijos, poeta!

    Mirze

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  2. Óxente, minina!
    Num é aula, é puisia. Coisa de ociosos...hehehe

    Alfenim e algodão doce são da doçaria popular brasileira. E os dois se desmancham na Língua, seja culta ou coloquial...
    Mas engordam, visse?

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  3. Belo poema e maravilhosa imagem meu caro Eurico. Seu texto tem energia e textura de vida...parabéns.

    forte abraço do leitor amigo,

    c@urosa

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  4. Ah! Eurico, Você acabou comigo.
    Teu poema, os alfenins e a poesia musical de Debussy.
    Alfenim...de todas as cores, de todas as formas, assim como esta música de Debussy e este poema, são de encher os olhos, desmanchar na boca, adoçar a língua, e embalar a alma desta criança grande.




    P.S 1.
    Mandei solicitação pra ti no feicibuque, ví?
    P.S 2.
    Teu blog está simplesmente perfeito, Eurico. Essa trilha de Debussy, pássaros na barra lateral, e a harmonia das cores do novo layout.

    Fui ficando, fui ficando...
    um cheiro, amigo.

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  5. Mai, penso em Nova Friburgo...
    Como anda essa gente, amiga?

    Outro cheiro.

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  6. Mirze,
    não creia nessas imagens dos posts.
    Elas são colocadas mais para confundir do que para esclarecer...hehehe
    Os títulos também são truques, que no mais das vezes iludem e despistam o leitor...rsrsrs

    Um abraço, amiga.

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  7. Porque essa fuga desenfreada?

    Agora vou ler os pássaros de Capiberibe. Pelo menos por aqui, conheço minha terra nunca vista.


    Beijos. Não esqueci do gato e da cristaleira. Até sonhei com um lindo ballet.

    Beijos, conterrâneo!

    Mirze

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  8. A harpa, sim!, a harpa em Debussy, com esse teu Alfenins, parecem trazer a delícia das letras.
    Esses sentidos e sons de efes e de esses quando teu poema é lido em voz alta, pausadamente, com o fundo da Sonata, ordenam e saborizam as palavras na fala. Ficou muito bom!

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