CANTEIRO DE OBRAS:

quarta-feira, março 18, 2009

Tríptico





















"Não é a vida mais do que o alimento,
e o corpo, mais do que as vestes?
Observai as aves do céu..."
Mt 6: 25,26



O vôo é imprescindível.
Se as caixas estão empilhadas
E os lotes numerados.
Deus! O que é isso?

Essas asas, não as tenho em vão.
Embora inumeráveis, os veículos e a chuva, ácida.
Esquemáticos, os projetos.

Os túneis, sem luz.
Aonde vamos?

Posso pairar sobre o azul das cordilheiras.
Enquanto o conceito aprisiona as coisas.
Flagelam-se as gentes.
Captam-se teleológicos cicios.
Mãe, o que é a vida?







7 comentários:

  1. Vim aqui pelo link no blog da Mai, e gostei muito do poema. Vou vir mais vezes. Abraços

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  2. Fica a pergunta..! Belíssimo! Abraço, amigo!

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  3. Interrogações que muitas vezes ficamos sem respostas. E no dia-a-dia, diante muito mais das dores, do que das alegrias, vamos tentando fazer a vida ter sentido, e amenizar as pedras do caminho.

    Achei fantástico.

    abraços

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  4. verdade verdadeiramente dita
    ops
    escrita

    - obrigada amigo internauta
    nem sei como tens paciência de ficar lendo meus textos.!!


    Abraço fraterno [2]

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  5. Belíssima inquietações, Eurico!
    Unir o que sentes aos versos anseios de Paulo César Pinheiro.
    Acredite é uma viagem...

    (Trecho das inquietações de F.Pessoa)
    "Viver não é necessário;o que é necessário é criar.
    Não conto gozar a minha vida;nem em gozá-la penso.
    Só quero torná-la grande,ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo."

    Abrs.

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  6. Maybe, perdoa-me por ter retirado o poema do Paulo César Pinheiro. É que estou me preparando para outra postagem. E esse ritual de ouvir a música, quase sempre antecede um novo poema. Por isso voltei ao Beethoven.
    Abraço fraterno.

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  7. Angustiantemente belo. A pergunta final é de assustar. A pergunta mais distante para o ser mais próximo.

    Um abraço.

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Grato pelo comentário. Receba o meu abraço fraterno e volte sempre!