tendo ao fundo a Tuba Mirum, de Mozart,
um dos movimentos do Réquiem em Ré menor,
acompanhemos a Vida que segue, nesse:
Momento num Café
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
Manuel Bandeira,
in Estrela da Manhã, 1936
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Muito tristes essas últimas postagens. Por que o compadre não vem passar uns dias no Sítio d'Olinda...Ninguém tem vindo por aqui, depois que vc revelou a nossa identidade secreta...:)rsrsrs
ResponderExcluirAbraços na Jacinta, a moça com nome de lor.
Muito boito. Não conhecia estes versos. Lindo. Que forma maravilhosa de valorisar as coisas, o mundo, o tempo, a matéria, o que somos.
ResponderExcluirE eu perdendo o comboio "Eurilírico"... Sei que dveria chamar Eu-lírico, mas as associaçoes que faço sempre me levam a lugares que jamais fui, porém, jamais os esqueço. Remeto-me ao monólogo do Bloch, As Maos de Eurídice e faço ao amálgama com o qual lhe rebatizei: Eu ri lírico!
ResponderExcluirAbraços.
;)
Seja sempre bem-vinda! Quando estiveres nas Olindas avisa-me. Gostou do pronome posposto? Bem me avise mesmo...rsrsrs
ResponderExcluirAh, o nome do blogue, além do significado em literatura, me foi dado por amigo, o poeta popular Nucas. Sempre que nos víamos ele me saudava com a curiosa frase:
Eulírico, meu amissimáximo!!!
Alusão ao meu segundo nome, Luiz Eurico e à nossa amizade fraterna.
Gostei e nomeei o blogue com esse título.
Gostei tb do "Eu ri lírico".